domingo, 24 de junho de 2007

Tantas de tantas maneiras

Às vezes me pego num desentendimento com algumas de mim ...
Sou tantas de tantas maneiras que não é tão fácil assim!
E se desentendo com argumento
É porque sento e penso.
(Não sou de pensar andando;Andando sou de cantar.)
Mas se sento e penso
É porque algo me causa tormento.
Não sou de parar movimento
Aqui ou acolá para analisar.
Se há tormento na minha mente
Ou transborda algo que sobra
Ou ressente algo de ausente.
De repente me pego em plena mente.
E como sempre, todas em mim tão plenas,
Me entrego completamente.
Torço pensamentos, viro do avesso.
Rasgo em pedaços, toco fogo,
Contorno alguns traços,
Cavo o que é espesso
Me entorpeço e tropeço nos apreços
E aí... mais uma vez me perco...Diante de mim, eu mesma!
Tantas e de tantas formas
Sem fórmulas
Disformes e plenas de desencontros!
Tão tontos pensamentos...
Entender pra quê?
Desenrolar, desentender?
Talvez pra perceber,
algo que já não queira mais ser...
Talvez...

Jun 07

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